A informação é essencial nos dias que correm. Seja através de feeds ou podcasts, recebida no telemóvel ou PDA, sentimos necessidade de estar sempre actualizados com as últimas informações, sejam estas sobre o estado da economia ou o horário do autocarro.
Através de um PalmOne Tungsten E2, este blog relata uma série de experiências quotidianas sobre a recepção e tratamento da informação através deste dispositivo.



Case Logic PLT-8

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Um PDA é um investimento relativamente importante, especialmente quando o dispositivo em causa tem um custo elevado. Todavia, ao preço do equipamento, deveremos acrescentar sempre 25% do valor em acessórios. Considero este valor idóneo tendo em vista a relação custo/acessórios.

No caso de um PDA, o primeiro acessório recomendado é um bom cartão de memória, com o dobro da capacidade que esperamos utilizar. Isto porquê? Em primeiro lugar, devemos sempre reservar no cartão o mesmo valor de memória do PDA. Isto significa que deveremos guardar 32MB no cartão caso o aparelho tenha 32MB de memória e por aí adiante. O resto sim fica para os nossos dados, música, etc. Este valor que deveremos guardar será utilizado para backup do nosso PDA, em conjunto com um bom programa de backup. Sim, alguns utilizadores podem justificar que o Hotsync (Palm) ou o Active Sync (PPC) é backup suficiente, mas considero que são backup’s imperfeitos: na verdade nenhum deles guarda uma cópia exacta do estado do nosso PDA: Isto significa que caso tenhamos de fazer um Hard-Reset, perdendo-se todos os dados, o restauro efectuado pelo computador não restaura por completo, faltando por exemplo o registo dos nossos programas (serials por exemplo), definições e personalizações, entre outros. Um programa de backup completo (por exemplo o NVBackup para Palm – gratuito – e o Resco Backup para PPC) restaura o nosso PDA exactamente como ele estava aquando a última actualização do backup. Além de útil, poupa imenso tempo e salva vidas literalmente, especialmente quando estamos longe do pc.

Um outro acessório essencial e tema desta review é uma boa caixa de forma a proteger o nosso investimento – este acessório também extremamente essencial. Existem vários tipos de caixas, desde hard-cases de metal, a caixas de neoprene/esponja sintética, plástico, borracha ou de cabedal. Além dos materiais, existem várias formas, envolventes, tipo livro, tipo flip-flop e caixa de transporte.

Existem várias vantagens e desvantagens em todos os tipos de caixas. As caixas de metal, salvo raras excepções, obrigam a retirar e a colocar o PDA quando queremos sincronizar com o computador, tirar a pen ou colocar o cartão/auscultadores. Todavia, são as que protegem mais (afinal, é um escudo de metal!). A caixa original que comprei foi deste tipo.



As de esponja/neoprene e de borracha são mais flexíveis e igualmente resistentes, absorvendo a energia do impacto. Todavia obrigam a retirar o PDA quando o queremos utilizar. As caixas deste material são na sua maioria caixas envolventes e de transporte, servindo apenas para transportar e proteger o PDA e não aquando a sua utilização. Uma outra desvantagem é o volume que ocupam, já que é necessário uma camada grossa de material para proteger convenientemente o aparelho. Como o material é flexível, em caso de pressão exterior, os botões são premidos sem conhecimento do utilizador (em especial quando este está a ouvir mp3 e a música muda sem razão aparente). Tenho actualmente uma caixa destas, é boa, é bonita mas pouco eficiente, especialmente quando temos apenas uma mão disponível. As de borracha envolvem apenas o exterior do PDA, deixando o resto livre. Todavia, não protegem o ecrã, a parte mais sensível e fundamental do PDA.



Restam as de plástico. As caixas deste tipo são do tipo envolvente. Significa que são “montadas” no próprio PDA como uma capa de telemóvel. A maioria é transparente e tem orifícios nos locais estratégicos, como nos botões ou locais de I/O. Em termos de eficácia, protegem o PDA dos riscos mas protegem pouco em caso de pancada.



Restam as de cabedal. Antes de falar (finalmente!) na caixa em teste, convém explicar as formas usuais deste tipo de caixas: livro ou flip-flop.
Como podemos observar na imagem abaixo, as do tipo flip-flop têm uma membrana frontal – rígida ou não – que cobre o ecrã e botões do PDA onde depois é fixada na traseira da caixa com um botão de pressão ou velcro. O inconveniente destas caixas é que cobrem a parte superior do aparelho, normalmente onde estão situadas as saídas de auscultadores e do cartão.



As caixas tipo livro resolvem estes problemas porque a membrana que protege o ecrã tem um movimento lateral (como as páginas de um livro), libertando as ligações superiores e inferiores do equipamento. Como inconveniente, acrescentam mais volumetria que as tipo flip-flop mas menos que as de neoprene/esponja.



Optei por este tipo de caixa por estas razões, liberta-me todas as ligações, dispensando a obrigação de tirar/colocar o PDA da caixa quando sincronizo com o pc ou ouço música. Em termos de volume, como o Palm Tungsten E2 é relativamente pequeno e fino, o volume extra é irrisório quando comparado com a caixa de neoprene que utilizava até então.

Existem várias marcas de caixas de cabedal. As melhores – na minha opinião – são as da Proporta e as da Piel Farma. Infelizmente, a qualidade não é barata e os modelos mais simples destas marcas custam mais de 45€, acrescentando os portes. Ora, tal foge completamente à regra referida acima sobre os tais 25% de custo em acessórios. Assim sendo, optei por uma caixa em imitação de cabedal da Case Logic.



O modelo que adquiri numa loja do Funchal custou 24€, embora que no final apenas desembolsasse 14€ graças a um “desconto” sem conhecimento do proprietário da loja. É que um dos empregados enganou-se ao colocar o preço de uma das caixas, obviamente foi essa que levei. A caixa em questão foi fabricada para o modelo Palm V, já descontinuado desde 2002 (infelizmente as caixas que vemos na Madeira são para modelos antigos, vá lá saber-se porquê). Felizmente a série Tungsten foi desenhada com inspiração no V, pelo que o E2 coube que nem uma luva na caixa, inclusivamente a localização das ligações, perfeito!

Review:

Finalmente começamos a falar do tema: a review da Case Logic PLT-8.



A caixa em questão possui o sistema StrongMan para a fixação do PDA. Este sistema, exclusivo da Case Logic, prende o nosso equipamento de uma forma muito segura, apesar da aparência frágil do plástico. Na verdade, tive alguma dificuldade em colocar o E2 à primeira, tal a força que é necessária para mover as patilhas que o prendem. Todavia, esta força tem desvantagens: caso tenhamos de retirar/colocar o PDA, as patilhas de plástico podem riscar o acabamento do equipamento, pelo que o cuidado tem de ser triplicado nestas alturas. Uma outra desvantagem prende-se com a estética do sistema de fixação: as duas peças pretas em frente da forma esguia do E2 não são agradáveis, pelo menos à primeira vista.



Apesar destes problemas, acho o sistema inteligente: é que os sistemas de fixação comuns utilizam cola e velcro, algo que quero manter longe do meu PDA (se já retiraram resíduos de cola de uma superfície de metal ou plástico sabem a que me refiro). Outros sistemas utilizam um enclausuramento do mesmo material da caixa em volta do PDA de forma a o fixar (as caixas da Piel Farma são exemplo, ver imagem abaixo), ocultando aí por completo o design do mesmo. OK, podemos dizer que a estética não é tudo, mas faz parte… Se posso ter um aparelho agradável à vista, com um design elegante, porquê ocultá-lo? Os felizes possuidores de um iPod que digam de sua justiça…




Caixa Piel Farma, cuja forma oculta todo o design do PDA

Imagens das ligações livres de forma a utilizá-las sem limitações:





Em termos de espaços, temos um elástico para prender um bloco de notas e um orifício para uma caneta/stylus, além de três ranhuras para cartões de crédito. Esta caixa não possui bolsos para guardar cartões de memória extra.

Apesar de incluir esta caixa nas de cabedal, por duas dezenas de euros é praticamente impossível comprar algo novo com aquela matéria. Isto significa que o material da PLT-8 é uma imitação do couro, não obtendo-se a longevidade e a durabilidade deste. Não obstante, devido ao reduzido preço, cumpre bem a sua função e é capaz de enganar os mais desprevenidos.

Conclusão:

Pelo preço, gostei da caixa, da sua elegância e design especialmente o sistema de fixação. Apesar da imitação do couro, o toque do material é macio e aconchegante, protegendo eficazmente o PDA, ao mesmo tempo que permite o acesso às suas entradas e saídas.

Vantagens:

Preço;
Sistema de Fixação;
Design/elegância;
Acesso às saídas e entradas do PDA;
Protecção do investimento.

Desvantagens:

Material de Construção;
Falta de bolsos para Cartões SD;
Apesar de seguro, o sistema de fixação cumpre demasiado bem a sua função, podendo riscar o acabamento do PDA se for retirado sem cuidado.



Link: Case Logic

Nota final: 4 (0-5)


Sobre mim

  • Nome: Sandro Correia
  • Localidade: Funchal, Madeira, Portugal
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